segunda-feira, 5 de agosto de 2013

A Espiritualidade no Trabalho


Espiritualidade no trabalho é saber conviver com a diversidade generalizada, desde o ponto de vista das ideias até às emoções. Somente com uma maturidade espiritual existe a possibilidade de substituir-se a comodidade de estar com a razão para massajar o cargo e o ego, pelo sentimento de prioridades que a função exige e que a organização precisa.

A busca pela posse da razão tem causado conflitos ao longo da história das empresas e ainda é responsável pela perda de muitos talentos. A espiritualidade no trabalho consiste também em usar os seus sentidos tornando-se um observador mais ponderado, respeitando limites. Para isso é necessário ter sentimentos sem nenhum tipo de preconceito.

Com uma visão mais profunda e menos critica de tudo ao seu redor, todo profissional desfrutará da possibilidade de relacionar-se melhor com as suas ideias e as dos outros, buscando resultados positivos não somente nas metas, mas, também, em sorrisos e certeza de estar agindo pelo bem, pois somente o bem sempre encontra um caminho.

Grandes espiritualistas são grandes vendedores. Sempre foi assim ao longo da história e por isso fizeram história. Cristo tinha um bom produto e com doze "profissionais de vendas" que acreditaram em seu produto ainda fazem história. Pessoas espiritualizadas sabem ser aquilo que o cliente precisa no momento do contacto. Um vendedor tem de ser muitas coisas: psicólogo, benfiquista ou portista, médico, pai...

Isto tudo, e talvez um pouco mais ainda, porque todo cliente, no fundo, permite estabelecer um nível de relacionamento em alguma área. Profissionais espiritualizados sempre possuem uma opinião muito mais bem formada que lhes dará um acréscimo de reflexão interessante.

Profissionais espiritualizados são muito mais sensíveis, razão pela qual os tornam mais próximos de seus clientes e capazes de sugerir soluções em diversas áreas. A espiritualidade extermina o interesse pelo negócio e implanta o respeito e interesse por uma constante troca de possibilidades, com resultados positivos para ambas as partes.

Quero deixar claro que espiritualidade não é motivação. Motivação é um estado de performance que podemos desenvolver todos os dias actuando com técnicas pré-estabelecidas, pois somos os únicos elementos da natureza que geneticamente fomos projectados pelo Universo com "design motivante".

Criar motivos para agir na direcção em que se deseja, isso é motivação. Pessoas desmotivadas o são pelo simples fato de ainda não terem descoberto motivos para agir. A motivação actua como um pensamento positivo que, sem acção, torna seu efeito nulo. Ela actua na produção de endorfina no cérebro e na parte externa e física do corpo.

A espiritualidade é um processo de crescimento e maturidade da sua essência como ser humano. Daquilo que está além do físico e habita o etéreo. Está além da mente! Ela pode vencer a mente.

Quando sua mente sente raiva ou ódio, a espiritualidade espalha pelo seu corpo um sentimento de perdão e livra-o de tais sentimentos. A espiritualidade é a guardiã de nosso estado de espírito.

Numa organização, enquanto a motivação incentiva à competição, a espiritualidade incentiva à partilha. Uma organização voltada para a motivação somente um profissional vence, enquanto numa que está voltada para a espiritualidade, todos os profissionais sobem ao pódio e, melhor ainda, todos cabem no primeiro lugar.

Espiritualidade é o centro de um universo de máxima compreensão das nossas falhas e dos nossos diabinhos interiores e, ainda, de nossa verdadeira missão neste Planeta: é um movimento universal pelo bem e respeito ao próximo. A espiritualidade não está baseada em fatos passados como as religiões, pois ela vive, a cada dia, o seu presente e mostra o seu futuro em favor do seu próximo.

Então, se é um profissional que está começando não dê início às suas actividades, como muitos que vejo por aí, partindo apenas da sua necessidade. Descubra suas verdadeiras aptidões e exercite-as, pratique a espiritualidade, acredite nas suas capacidades, não faça nada que contrarie as normas da ética, não tenha metas a cumprir e sim causas a desenvolver e, principalmente, tenha muito amor à sua actividade.

Excerto de  um Texto de César Romão adaptado pela (A Mónada)

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